Mário Vitória (2008). A caminho da macacada.
Acrílico s/ tela. 30x30 cm.
Ainda a pensar na poesia-denúncia de Laurie Anderson no espectáculo que vi no TA: Another Day in America, "histórias de Laurie Anderson sobre a vida na América contemporânea".
Uma (micro)história:
Desesperadamente à procura de inimigos que nunca mais chegavam, os EUA tornaram-se o seu próprio inimigo. Já não há um país, há um campo de batalha. Os campos de batalha têm leis próprias. A lei mais importante foi aprovada no final de 2011 pelo senado: é permitida a prisão por tempo indefinido.
Desesperadamente à procura de inimigos que nunca mais chegavam, os EUA tornaram-se o seu próprio inimigo. Já não há um país, há um campo de batalha. Os campos de batalha têm leis próprias. A lei mais importante foi aprovada no final de 2011 pelo senado: é permitida a prisão por tempo indefinido.
Outra (micro)história:
As pessoas podem viver em casas que têm pianos brancos e cães que tocam piano. As pessoas podem não ter nada. Os que nada têm, normalmente já tiveram: uma casa sem pianos brancos e um trabalho.mas perderam tudo. Quando isso acontece, saiem das cidades e vão viver para florestas. Laurie tinha ouvido falar dessas pessoas e um dia decidiu visitá-las. Perto de Nova Iorque, mais precisamente em New Jersey. Chegou e disse Olá mas ninguém respondia. Enfim, acabou por aparecer uma mulher, uma assistente social que vivia naquele campo há cinco anos. Chorava muito. Laurie viu centenas de famílias que viviam em tendas na floresta.como há muitos anos atrás, antes de haver cidades.
Antes destas histórias, Laurie quis saber por que razão o nosso planeta se chama Terra. Não é um nome particularmente bonito. Sugeriu outros nomes. Um deles pareceu-me perfeito: planeta Lama.
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