Jacqueline Mercado é mexicana, Pumacayo Conde é peruano, Rui Meira e Ricardo Gouveia são portugueses. Os quatro sentem passion pela música ibero-americana. Pesquisaram e dominam as outras personagens que entram no espectáculo: a quena, a flauta de pâ, o charango, o quatro venezuelano, o bombo leguero, congas, bongôs, chajchas, o palo de agua, clavas e maracas. Chacareras e zambas argentinas, huayños das comunidades andinas, cúmbias da Colômbia, joropos da Venezuela, rancheras mexicanas, um continente de ritmos e palavras. Ontem ouvi muito mais que este repertório. Estabeleceram pontes. O folclore português e o uruguaio, Victor Jara e Zeca Afonso, por exemplo.
Jacqueline e Rui Meira são ainda dotados de uma voz belíssima, caliente, portentosa. E têm alma.
O grupo chama-se Espírito Nativo (bom site) e pude ouvi-los no Cine Teatro de Estarreja. O público apreciou mas eram poucos os verdadeiros aficionados. A América Latina é um continente em via de descoberta e de reinvenção, mas é preciso navegar, pá. Do outro lado do mar não existe apenas o grande Brasil. O projecto ganha mais sentido por isso mesmo. A multiculturalidade assumida torna-os ímpares.
Atentem aos futuros concertos, procurem-nos. Deixaram-me uma fotografia de um espectáculo no Palácio Foz com os contactos escritos:
Tel: 966 555 809/966 497 225
1 comentário:
Não conhecia. Obrigado!!!
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