4.10.09

Mercedes Sosa (1935-2009)

'La Negra', una cantante de todos


"En Tucumán nací, pero en Mendoza me hice mujer. Eramos tan felices: me veo delgadita, recién casada con Oscar Matus; me veo comadre de Armando Tejada Gómez, amiga de los compadres del horizonte? Yo era una muchacha sin libros, escuchaba asombrada y aprendía, y abría los ojos y me enteraba del mundo? Todos me amaban y me pedían que cantara, y yo cantaba? Era tan feliz porque, como decimos en la provincia, yo estaba poniéndome gruesa: mi cinturita crecía porque en mi vientre ya latía mi Fabián"

En una época en que el folklore comenzaba a asumir su mayoría de edad y un crecimiento de popularidad sin precedentes, El Nuevo Cancionero proponía romper con lo establecido, miraba hacia todo el continente y quería cambiar el mundo de la canción popular. "Toda la gente pensaba que era algo político. Nosotros buscábamos otro lenguaje poético y queríamos una música nueva. Salíamos de la fuente hacia fuera, pero no descuidábamos el paisaje, porque no nos queríamos alejar del pueblo".

Esa fue la brújula que signaría la búsqueda estética de Mercedes a lo largo de su vida artística, exaltando la belleza de poetas de América, regresando a los repertorios más criollos, vociferando una canción militante, o lanzandóse audazmente al mundo pop para grabar los temas de Charly García.(...)

Para una Argentina envuelta en las sombras de la dictadura militar la voz de Mercedes Sosa se transforma en el eco de un país silenciado. La "Negra" recién pudo regresar al país para una serie de conciertos en el Teatro Opera el 18 de febrero de 1982. La dictadura agonizaba y ella pudo volver para reencontrarse con un nuevo público que la descubre y otra generación de compositores argentinos de distintos géneros: León Gieco, Charly García, Antonio Tarragó Ros, Rodolfo Mederos y Ariel Ramírez. Tras su regreso definitivo con el comienzo de la democracia, no deja de colaborar con generosidad y apertura con figuras locales y artistas emergentes de distintos géneros. Mercedes deja de ser la gran voz del folklore, para transformarse en la gran madre de la música popular argentina capaz de convocar a distintas generaciones en un escenario o en un disco, espíritu que continuará hasta en su producción más reciente Cantora, un disco doble donde participó un elenco ecléctico de artistas, entre los que se encontraban, Joan Manuel Serrat, Calle 13, Juan Quintero, Luis Alberto Spineta y Gustavo Ceratti.

Mercedes llevó la canción popular más allá de las fronteras y surgieron encuentros con artistas internacionales de diferentes corrientes como Luciano Pavarotti, Sting, Lucio Dalla, Nana Mouskouri, Tania Libertad, Joan Baez, Andrea Bocelli, Silvio Rodríguez, Alfredo Kraus, Pablo Milanés, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gal Costa, Gian Marco, Konstantin Wecker, Nilda Fernández, Pata Negra, David Broza, Luz Casal, Cecilia Todd, Ismael Serrano, Shakira, entre otros.

Su voz paseó por los escenarios más importantes del mundo como el Carnegie Hall, en los Estados Unidos, o el Olympia de París; recibió el premio de la Unesco por su labor en defensa de los derechos de la mujer; el Konex de Brillante a la Mejor Artista Popular de la Década (1995), ganó varios Grammy Latinos y fue Embajadora de buena voluntad de la UNESCO para Latinoamérica y el Caribe.


Fonte: La nacion

Quando cresce o silêncio, a boca do povo canta


Mucho más que una cantante extraordinaria

CHET BAKER

Almost Blue

27.8.09

Inti Illimani

Vi-os na Expo 98. Saudades.

11.7.09

In The Mood For Love

Outro momento, Marta. Aposto que chorávamos juntas, como com Os dados estão lançados. É claro, convidávamos a Cláudia para o pranto! :)


Realizador: Wong Kar Wai

Chico

13.6.09

Foi por ela

FAUSTO
Foi por Ela(Fausto...

Foi por ela que amanhã me vou embora
ontem mesmo hoje e sempre ainda agora
sempre o mesmo em frente ao mar também me cansa
diz Madrid, Paris, Bruxelas quem me alcança
em Lisboa fica o Tejo a ver navios
dos rossios de guitarras à janela
foi por ela que eu já danço a valsa em pontas
que eu passei das minhas contas foi por ela

Foi por ela que eu me enfeito de agasalhos
em vez daquela manga curta colorida
se vais sair minha nação dos cabeçalhos
ainda a tiritar de frio acometida
mas o calor que era dantes também farta
e esvai-se o tropical sentido na lapela
foi por ela que eu vesti fato e gravata
que o sol até nem me faz falta foi por ela

Foi por ela que eu passo coisas graves
e passei passando as passas dos Algarves
com tanto santo milagreiro todo o ano
foi por milagre que eu até nasci profano
e venho assim como um tritão subindo os rios
que dão forma como um Deus ao rosto dela
foi por ela que eu deixei de ser quem era
sem saber o que me espera foi por ela

Todo este céu

Canta Fausto Bordalo Dias. Para ouvir baixinho, saboreando o colo.

Produção DROID-i.d.

9.6.09

Frágil

Sim, ainda. Jorge Palma. Tão bom ouvi-lo.



Frágil

Põe-me o braço no ombro
Eu preciso de alguém
Dou-me com toda a gente
E não me dou a ninguém
Frágil
Sinto-me frágil

Faz-me um sinal qualquer
Se me vires falar de mais
Eu às vezes embarco
Em conversas banais
Frágil
Eu sinto-me frágil

Frágil
Esta noite estou tão frágil
Frágil
Já nem consigo ser ágil

Está a saber-me mal
Este whisky de malte
Adorava estar in
Mas estou-me a sentir out
Frágil
Eu sinto-me frágil

Acompanha-me a casa
Já não aguento mais
Deposita na cama
Os meus restos mortais
Frágil
Eu sinto-me frágil

À espera do fim

Ainda, Jorge Palma.




À espera do Fim

Vou andando por aí
Sobrevivendo à bebedeira e ao comprimido
Vou dizendo sim à engrenagem
E ando muito deprimido
E é difícil encontrar quem o não esteja
Quando o sistema nos consome e aleija
Trincamos sempre o caroço
Mas já não saboreamos a cereja

Já houve tempos em que eu
Tinha tudo não tendo quase nada
Quando dormia ao relento
Ouvindo o vento beijar a geada
Fazia o meu manjar com pão e uva
Fazia o meu caminho ao sol ou à chuva
Ao encontro da mão miúda
Que me assentava como uma luva

Se ainda me queres vender
Se ainda me queres negociar
Isso já pouco me interessa
Perdemos o gosto de viver
Eu a obedecer e tu a mandar
Os dois na mesma triste peça
Os dois à espera do fim

Tu tens fortuna e eu não
Podes comer salmão e eu só peixe miúdo
Mas temos em comum o facto de ambos vermos
A vida por um canudo
Invertemos a ordem dos factores
Pusemos números à frente de amores
E vemos sempre a preto e branco o programa
Que afinal é a cores.

Se ainda me queres vender
Se ainda me queres negociar
Isso já pouco me interessa
Perdemos o gozo de viver
Eu a obedecer e tu a mandar
Os dois na mesma triste peça
Os dois à espera do fim
Só à espera do fim

8.6.09

Valsa de um homem carente



Valsa dum homem carente
Se alguma vez te parecer
ouvir coisas sem sentido
não ligues, sou eu a dizer
que quero ficar contigo
e apenas obedeço
com as artes que conheço
ao princípio activo
que rege desde o começo
e mantém o mundo vivo

Se alguma vez me vires fazer
figuras teatrais
dignas dum palhaço pobre
sou eu a dançar a mais nobre
das danças nupciais
vê minhas plumas cardeais
em todo o seu esplendor
sou eu, sou eu, nem mais
a suplicar o teu amor

É a dança mais pungente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente
mão atrás e outra à frente
valsa de um homem carente

5.6.09

Lisa Gerrard




Lisa Gerrard
Silver Tree



A linguagem de Lisa Gerrard não tem tradução conhecida. É uma glossolalia similar à que as crianças pequenas utilizam para falar ou cantar. é preciso sentir para interpretar.

4.6.09

E ainda José Mário Branco

EU VIM DE LONGE - ...


EU VIM DE LONGE

Quando o avião aqui chegou
quando o mês de Maio começou
eu olhei para ti
então entendi
foi um sonho mau que já passou
foi um mau bocado que acabou

Tinha esta viola numa mão
uma flor vermelha n'outra mão
tinha um grande amor
marcado pela dor
e quando a fronteira me abraçou
foi esta bagagem que encontrou

Eu vim de longe
de muito longe
o que eu andei p'ra'qui chegar
Eu vou p'ra longe
p'ra muito longe
onde nos vamos encontrar
com o que temos p'ra nos dar

E então olhei à minha volta
vi tanta esperança andar à solta
que não exitei
e os hinos cantei
foram feitos do meu coração
feitos de alegria e de paixão

Quando a nossa festa s'estragou
e o mês de Novembro se vingou
eu olhei p'ra ti
e então entendi
foi um sonho lindo que acabou
houve aqui alguém que se enganou

Tinha esta viola numa mão
coisas começadas noutra mão
tinha um grande amor
marcado pela dor
e quando a espingarda se virou
foi p'ra esta força que apontou